16/12/2013 - Advogada disse que cursos agrícolas deveriam ser fechados
FeArCa apoia manifestação de universidades contra declaração de ambientalista
A Federação Argentina de Câmaras Agroaéreas ( FeArCA ) divulgou na última semana uma nota apoiando a manifestação da Faculdade de Agronomia da Universidade de Buenos Aires (Fauba) contra as declarações da advogada Graciela Gómez (foto), de que se deveria fechar todas as universidades agrárias da Argentina, por ensinarem aos futuros engenheiros agrônomos sobre o uso de defensivos em lavouras. O manifesto da Fauba foi apenas parte dos protestos de universidades, entidades agrícolas e engenheiros agrônomos às críticas da ambientalista, que ainda completou: “O povo na pode seguir pagando estudos gratuitos a futuros genocidas”.As críticas da ambientalista foram publicadas em setembro, mas ainda provocam manifestações de revolta no setor. A entrevista de Graciela foi sobre um estudo que determinou a faixas de segurança entre 100 e 200 metros em pulverizações em lavouras. A pesquisa levou cerca de um ano e envolveu universidades, entidades governamentais de pesquisa, produtores e empresas de aviação agrícola.Veja abaixo os links da polêmicaConforme o reitor da Faculdade de Agronomia, Rodolfo Golluscio, as críticas da advogada foram irresponsáveis, ao taxar de criminosos profissionais que contribuem para boas práticas agrícolas na produção de alimentos. “Como professores, nos sentimos obrigados a falar. Se não o fizéssemos, estaríamos reconhecendo que aqueles que nos acusam de criminosos estão certos”, completa Golluscio, sobre a resposta à advogada.Entre as manifestações dos setores acadêmico e agrícola contra as acusações da advogada, a Faculdade de Ciências Agropecuárias da Universidade de Córdoba (FCA/UNC) declarou que o episódio foi “a gota d´água no copo de paciência de muitas pessoas de boa vontade e com conhecimento, envolvidas na produção de alimentos no mundo”. A questão voltaria a ser discutida na reunião da Associação Universitária de Educação Agrícola Superior (Audeas), que ocorreu na última quinta e sexta-feira (dias 12 e 13).Em geral, tanto o sector acadêmico quanto técnicos, engenheiros e até produtores reclamam que o ataque ao setor agrícola virou “moda” a partir de uma discussão sobre questões ambientais baseada apenas em slogans e preconceitos. A ideia na Argentina é começar um movimento para aprofundar o debate, mas com dados concretos e fundamentos científicos. O que seria um dos temas do encontro entre universidades.